O início de agosto de 2025 marcou uma mudança brusca na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. O governo norte-americano instituiu uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, e segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) essa medida já afeta setores como café, carne, calçados, mármores e granitos.
O impacto foi imediato, segundo a Exame: exportações de café para os EUA caíram quase 50% em agosto, quando comparadas ao mesmo período de 2024 e indústrias já registraram demissões e paralisações.
Especialistas da XP Investimentos estimam que a medida pode cortar de US$ 6,5 bilhões a US$ 16,5 bilhões das exportações brasileiras até 2026. Além disso podem segundo Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), reduzir o PIB em até 0,8 ponto percentual.
Esse cenário de instabilidade política e econômica pressiona a inflação, aumenta a incerteza e exige atenção redobrada do trabalhador brasileiro sobre como proteger o próprio dinheiro.
Como se Preparar em Tempos de Incerteza Econômica
1. Reforce sua reserva de emergência
O ideal é manter ao menos 6 meses de despesas básicas aplicados em produtos líquidos e seguros, como Tesouro Selic ou CDBs com liquidez diária. Isso garante proteção contra imprevistos, demissões, afastamentos.
2. Diversifique seus investimentos
Distribua recursos entre diferentes classes de ativos:
- Renda fixa atrelada à inflação (Tesouro IPCA+), para blindar contra aumentos de preços.
- Fundos multimercados conservadores, que podem reagir melhor à volatilidade.
- Exposição internacional via ETFs ou BDRs, reduzindo a dependência da economia brasileira.
3. Ajuste seu consumo
Com a inflação em alta, priorize produtos nacionais e corte gastos supérfluos. Planejamento de despesas evita que aumentos de preço comprometam seu orçamento e permite que você construa sua reserva de emergência.
4. Atenção ao câmbio
A desvalorização do real é uma possibilidade em tempos de instabilidade. Para quem pode, investimentos dolarizados ou fundos cambiais ajudam a equilibrar perdas internas.
Crédito do Trabalhador: Uma Alternativa Inteligente
Em momentos de crise, muitas famílias recorrem a empréstimos para equilibrar o orçamento. Mas nem todo crédito é igual — e, no Brasil, o crédito do trabalhador (consignado) se destaca como a opção mais segura e econômica.
Por que o consignado é o melhor crédito neste cenário?
- Juros muito menores: enquanto cartão de crédito e cheque especial ultrapassam 300% ao ano, o consignado costuma ficar entre 20% e 30% ao ano.
- Previsibilidade: parcelas fixas, descontadas direto na folha de pagamento ou benefício, sem sustos de juros rotativos.
- Menor risco de descontrole: como o limite é atrelado à renda, reduz a chance de endividamento impulsivo.
- Acesso facilitado: trabalhadores formais e aposentados têm condições especiais e menos burocracia
Como Usar o Crédito do Trabalhador de Forma Estratégica
Troque dívidas caras por dívidas baratas: usar consignado para quitar cartão ou cheque especial reduz drasticamente o custo total, afinal os juros rotativos do cartão podem chegar a 300% ao ano.
Planeje o prazo: prazos mais curtos significam menos juros pagos.
Use apenas para necessidades reais: dívidas urgentes, despesas médicas ou complementação de fluxo de caixa familiar.
Comparativo entre Crédito do Trabalhador x Outras Modalidades
O tarifaço dos EUA contra o Brasil inaugura um período de incerteza que pode afetar o bolso do trabalhador por meio de inflação, instabilidade cambial e retração econômica. Nesse contexto, a chave é se preparar, assim, mesmo em tempos de turbulência, é possível manter estabilidade financeira e proteger seu patrimônio.