Se você nunca caiu em um golpe digital, com certeza conhece alguém que já sofreu um. Roubo de identidade no Whatsapp, golpe do PIX, phishing, vírus e ligações do “banco” são só alguns exemplos de golpes digitais extremamente comuns.
Os golpistas usam sempre novos recursos e, infelizmente, fazem milhares de vítimas todos os anos. Mas antes de sair pesquisando a ficha técnica de todos os golpes possíveis, é mais fácil entender quais as lógicas aplicadas pelo golpista. Todas as tentativas de fraude digital seguem os mesmos padrões comportamentais.
Cheiro de fraude
Só quem já passou por um golpe digital sabe como é horrível a sensação de ser enganado. Naturalmente a pessoa se torna mais “desconfiada” e, por consequência, menos suscetível a cair no mesmo golpe. Mas não precisamos cair em golpe nenhum para treinar o nosso sensor de fraude. Uma vez que conhecemos os principais artifícios dos golpistas, reconhecemos mais facilmente o “cheiro” da possível fraude. Fique atento aos padrões abaixo:
Bom demaaais
Viu o anúncio de um produto que estava pesquisando, mas com um preço extremamente mais baixo? Foi marcado em um post dizendo que você ganhou um voucher de R$ 1.000? Desconfie.
Chamadas com ofertas extraordinárias são sedutoras, mas raramente verídicas. Elas são uma isca para levar o usuário até o próximo passo do golpe. Por isso, fique muito atento.
Sempre urgente
Já notou que todos os golpes tem um senso de urgência? “Preciso deste PIX agora! Só para os 10 primeiros! Último no estoque!”
Faz sentido, pois quem age por impulso tende a tomar decisões precipitadas e mal calculadas. Por isso, quando sentir esse “cheiro” de urgência, pare e analise. O site é confiável? O link url está correto? Consigo encontrar o mesmo link em uma busca pelo navegador? Não se deixe enganar pela aparência do site, pois é muito fácil duplicar um site confiável e depois trocar algumas informações.
Se for um contato pedindo dinheiro de forma urgente, a mesma fórmula: desconfie e analise. Pode ser sua mãe, mas antes de abrir o aplicativo do banco para fazer o PIX, tente uma chamada de vídeo, faça perguntas e se assegure que seja realmente seu contato.
“Precisa” de muita informação
Você recebe uma ligação do banco dizendo que seu cartão foi clonado e que eles precisam confirmar alguns dados seus, ou até mesmo que irão retirar o cartão físico para “perícia”. Alerta máximo!
Seu banco, e qualquer outra instituição financeira, nunca irão pedir dados de segurança do cartão ou da sua conta. Nem por email e nem por ligação, muito menos enviar alguém na sua residência.
Se recebeu uma ligação, SMS ou email da instituição financeira, faça o caminho inverso: ligue para o número oficial e verifique as informações antes de realizar qualquer operação.
Pede para baixar um arquivo
Ou instalar um aplicativo, ou fazer o login em um site externo. Desconfie e tome muito cuidado ao clicar em links. Eles podem conter downloads de arquivos maliciosos que roubam seus dados ou que alteram as defesas do seu navegador.
Na dúvida, não baixe e não clique. Pesquise sempre os sites e aplicativos das lojas oficiais. Também fique atento ao tipo de permissão que você dá aos aplicativos instalados no seu celular. Libere somente o necessário, pois mesmo aplicativos “inocentes” podem ser usados para captar dados pessoais do seu aparelho.
Desconfie também quando for proposta a troca de plataforma. Exemplo: você está em um site conhecido e confiável realizando uma contratação ou transação. Se repente a pessoa envia uma mensagem dizendo “me contate por esse outro canal para concluirmos”. Cuidado! Golpes realizados fora das plataformas oficiais não são protegidos e nem reembolsados. Por isso, mesmo que a proposta seja atraente, considere o risco.
Ganhou, mas tem que pagar para receber
“Você foi sorteado com um iPhone! Pague somente a taxa de envio.” Novamente, bom demais pra ser verdade né?
Outra possibilidade: você se depara com uma proposta de emprego tentadora. Sem experiência requerida, 100% remota, início imediato e salário incrível. Único detalhe: tem que comprar um treinamento para começar.
Percebe o padrão? Os golpistas utilizam os hábitos e necessidades das pessoas para “oferecer” algo muito bom, e em troca pedem algo pequeno. Sempre há uma tentativa de estabelecer uma confiança (usando nomes de pessoas / empresas / plataformas conhecidas), um senso de urgência e o direcionamento para o canal da fraude.
Curtiu essas dicas? Aproveite para compartilhar com seus amigos e também naquele grupo da família no WhatsApp. Afinal, muitas das vítimas costumam ser pessoas de mais idade, com pouca experiência digital. Sua avó vai gostar da preocupação 🙂