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Como organizar seus gastos e ganhos

Você saberia dizer qual o saldo na sua conta bancária neste momento, sem olhar? Ou ainda, quanto pode gastar até a virada do mês com alimentação?

Se você tem uma ideia bem aproximada desses valores na cabeça, parabéns! Significa que, de uma forma ou de outra, você está organizando bem suas despesas. E se você não tem a mínima ideia? Não desanime! Organização financeira é um hábito que pode ser adquirido. Neste artigo vamos te dar 8 dicas para organizar de uma vez por todas suas finanças! Vamos lá?

Dica 1 – Faça seu orçamento (e descubra seu “custo de vida”)

Você saberia dizer qual é o seu custo fixo de vida? Essa é uma das coisas que você vai descobrir ao fazer o seu orçamento pessoal. Como criar? Faça uma lista com todos os seus custos fixos, como água, luz, celular, aluguel, etc (e qualquer outro custo que seja sempre fixo, como pensão, plano de saúde e outros).

Anote quanto você gasta em cada uma dessas categorias por mês. A maioria vai ser sempre o mesmo valor, já outras podem ter variações. Some todas elas e calcule a média de todas essas despesas no mês. Este valor é o seu custo de vida, ou seja, o que você precisa pagar todos os meses para manter seu estilo de vida.

O que sobra do seu custo de vida é o que você tem disponível para usar com custos variáveis, investimentos e reserva de emergência.

Custos variáveis são categorias de gastos não estritamente necessárias e que variam bastante dependendo da sua necessidade naquele mês. Exemplos de custos variáveis são alimentação fora de casa, entretenimento e vestuário. Anote separadamente estas categorias em seu orçamento pessoal e defina um teto máximo mensal para cada um destes custos.

Dica 2 – Defina suas metas

O dinheiro que você vai destinar à reserva de emergência e a outros investimentos pessoais não pode ser somente o que sobrar ao acaso. Caso contrário, raramente você terá uma quantia significativa e isso vai tirar sua motivação, uma vez que sempre estará muito longe de alcançar seus objetivos.

No orçamento, defina antecipadamente quanto você vai separar para investimentos. Pode ser uma quantia bem pequena de início, mas o importante é ser disciplinado já separar este dinheiro assim que você receber o salário.

E como organizar o dinheiro? Aqui você pode explorar diferentes métodos e ver qual funciona melhor para você. Alguns separam os custos fixos em uma conta e os custos variáveis em outra para não usarem por engano o orçamento fixo. Também existem contas bancárias que te permitem criar espaços, ou bolsos virtuais, para categorizar os gastos. O importante é não criar a falsa ilusão de que, tendo todo o dinheiro do mês na conta principal, pode sair usando sem problemas. Algumas pessoas chegam até mesmo a sacar todo o dinheiro dos custos variáveis e colocar em envelopes, identificando o que será para cada categoria, e evitam o usar o cartão.

Faça uma autoanálise do seu perfil financeiro e teste o método que for melhor para você economizar no dia a dia e se manter fiel ao seu planejamento.

Dica 3 – Enxugue (ou elimine) gastos do quotidiano

Ao organizar seus custos variáveis no orçamento, é importante definir quanto poderá gastar com cada categoria. Por exemplo:

  • 15% com supermercado
  • 10% com lazer
  • 5% com vestuário

Claro que você pode gastar menos do que isso, ou até um pouco mais se surgir uma necessidade não prevista. Mas também cabe a você equilibrar estes gastos no mês, ou, se necessário, rever a porcentagem definida.

O importante aqui é ter clareza do quanto se gasta com cada categoria e comprar de maneira mais consciente. Com o tempo, essa reflexão se torna cada vez mais intuitiva, você aprende a fazer escolhas que te tragam mais satisfação pessoal, sem precisar pagar mais por isso.

Dica 4 – Analise os gastos (e encontre os vazamentos escondidos)

A essa altura você talvez esteja se perguntando: mas como vou saber 100% o que está sendo gasto em cada categoria? Talvez o aplicativo do seu banco digital já tenha algum tipo de análise, mas o mais eficaz é o seu controle diário.

É o bom e velho “anotar tudo que compro”. A gente entende, é meio chato fazer isso. Quem gosta de anotar quanto gastou no chiclete depois do almoço? Mas de todas as dicas que damos neste artigo, se você quiser escolher apenas uma para aplicar, faça seu controle diário. Desenvolvendo este hábito, nós prometemos: você vai mudar seu modo de pensar sobre o próprio dinheiro.

Pode usar aplicativos de organização financeira, um caderninho ou o bloco de notas do celular mesmo. O importante é ser consistente e anotar assim que fizer a compra ou no máximo no final do dia. Anote o valor e a categoria da compra. Daí fica bem mais fácil lançar no seu planejamento mensal.

Dica 5 – Dívida, sai daqui!

Anotar tudo que você compra no dia, na semana e no mês já vai te dar uma visão mais clara do quanto está gastando e do que ainda pode gastar até o próximo salário. Mesmo assim, ainda podem surgir fortes tentações para você fazer compras que fogem do orçamento. Ouvi happy-hour de novo??

Aí entra a disciplina. Lembre-se que contas em atraso geram taxas e juros, e que essas viram uma bola de neve com o tempo. Se você tem dívidas, priorize esse assunto no seu orçamento. Tente quitar o mais rápido possível. Considere renegociar a dívida ou até mesmo contratar um crédito consignado com taxas baixas e parcelas acessíveis para resolver o assunto.

Se não tem dívidas, está num ótimo caminho! Continue comprando com consciência para fugir delas.

Dica 6 – Preveja os gastos anuais (e esteja pronto para eles!)

Quando começamos nosso orçamento mensal, é fácil esquecer de alguns custos “extras”, ou seja, que vem em apenas uma época do ano. Alguns exemplos são: IPVA, IPTU e seguros.

Investigue quanto você pagou no ano passado e coloque esses custos no seu planejamento anual, identificando qual mês você vai ter que pagar. Visto que são contas mais altas, já defina também quanto consegue separar mensalmente até chegar a época da cobrança. Assim você não se endivida e nem tem que cortar vários outros custos importantes, passando apertos desnecessários.

Dica 7 – Tranquilo até para emergências

Falando em apertos, quem nunca teve uma emergência financeira? Imprevistos podem acontecer a qualquer momento, como problemas de saúde, consertos no carro ou rescisão de contratos.

Tenha como meta mensal destinar um valor para a sua reserva de emergência. Conselheiros econômicos sugerem ter entre 3 a 6 meses de salário nesta reserva, mas você pode analisar sua situação e decidir o que é melhor para você e sua família.

Dica 8 – Seja consistente (e alcance suas metas)

Você está todo feliz com seus orçamentos e definições, anotando cada balinha comprada no seu bloco de notas. Mas e na próxima semana? Próximo mês? Já percebeu o ponto né?

É muito fácil desanimar e perder o hábito do controle diário. Mas a diferença entre aqueles que tem um planejamento e aqueles que de fato conquistam suas metas é a consistência. Por isso, continue a anotar, continue a economizar!