No Brasil, quando você precisa rever um empréstimo em andamento, existem ao menos três alternativas: refinanciamento, migração e portabilidade. Cada uma tem suas particularidades, e pode ser ideal em momentos distintos da sua vida financeira.
1. Refinanciamento de Empréstimo 💵
O que é: trata-se de uma renegociação com o mesmo banco. Você mantém o contrato, mas recalcula as parcelas, prazo ou juros e, se quiser, adiciona valor extra ao empréstimo
- Quando vale a pena:
 
- Se você paga juros altos e quer alternativas mais baratas dentro da mesma instituição
 
- Se quer estender o prazo para aliviar o valor da parcela;
 
- Se precisa de um valor extra e não quer abrir outro crédito  
 
- O que avaliar antes:
 
- Quanto falta pagar e se vale a pena renegociar ou esperar mais alguns meses
 
- Comparar a taxa atual e a proposta, inclusive considerando o novo total a pagar;
 
- Ver se vale incluir dinheiro extra, pois aumenta o saldo devedor  
 
- Juros: podem ser menores, especialmente se usar garantia (como imóvel ou veículo)
 
2. Migração de Empréstimo 🧩
O que é: troca sua modalidade de crédito dentro do mesmo banco. Por exemplo, mudar de um empréstimo pessoal para consignado, aproveitando taxas e facilidades do consignado.
- Quando vale a pena:
 
- Se você já tem margem consignável e pode pagar direto na folha;
 
- Se tem benefícios de relacionamento com o banco, que oferecem taxas melhores
 
- O que avaliar:
 
- Ver se há taxas administrativas ou custos extras;
 
- Confirmar se a dinâmica de pagamento (ex.: desconto automático) compensa.
 
3. Portabilidade de Empréstimo 🔄
O que é: seu direito garantido pelo Banco Central de levar seu contrato para outro banco, buscando taxas mais baixas ou melhores condições
- Quando vale a pena:
 
- Você encontra outra instituição com taxa menor ou parcelas mais acessíveis;
 
- Quer reduzir o custo total da dívida  
 
- Requisitos e prazos:
 
- O novo banco pede o DDC e envia proposta via Câmara Interbancária (CIP); o antigo tem até 5 dias para oferecer contraproposta;
 
- Depois, em até 7–11 dias úteis, o troco (a diferença, se houver) cai na sua conta
 
- Crédito do Trabalhador: taxas de CDC (empréstimo pessoal) em torno de 8% a.m., mas você pode conseguir bem menos por portabilidade — por vezes menos da metade  
 
Comparativo: Refinanciamento, Migração e Portabilidade

✅ Quando usar cada uma?
Use refinanciamento se:
- Já tem relacionamento com o banco e encontra boas condições lá.
 
- Quer alongar o prazo ou incluir um valor extra.
 
Use migração se:
- Pode migrar para consignado com desconto em folha e taxas mais baixas.
 
- Quer aproveitar benefícios do mesmo banco.
 
Use portabilidade se:
- Encontrou outra instituição com juros significativamente inferiores.
 
- Quer pagar menos no total ou reduzir mensalmente.
 
🧠 Antes de decidir, verifique:
- Taxa de juros: compare a taxa atual com a nova (empréstimo pessoal, CDC ou crédito do trabalhador).
 
- CET (Custo Efetivo Total): inclui juros + tarifas + seguros
 
- Prazos: quanto menor a parcela, maior pode ser o custo final.
 
- Troco disponível: especialmente útil em portabilidade.
 
- Condições e garantias: evite pegadinhas ou taxas escondidas.
 
🎯 Conclusão
- Refinanciamento é ideal para quem quer manter contrato e ajustar condições.
 
- Migração é boa para trocar de modalidade dentro do mesmo banco.
 
- Portabilidade é o caminho para trocar de banco e conquistar taxas menores.
 
O melhor caminho depende de seu perfil, quantas parcelas faltam e quanto você está pagando de juros. Sempre simule, compare e avalie o CET antes de fechar.
 
Fontes:  
Gov.br