A reserva de emergência, também conhecida como reserva financeira ou fundo de emergência, consiste em uma quantidade de dinheiro reservada para imprevistos, como demissão, problemas de saúde e rendimentos menores do que os esperados.
Por mais que você se planeje, estamos constantemente sujeitos a situações inesperadas e emergências, como exemplo a pandemia do COVID-19 que mostrou a importância de termos dinheiro reservado.
Para ajudá-lo a criar a sua própria reserva de emergência, separamos as principais dicas de como começar e sugestões de investimentos. Confira!
Organizando sua reserva de emergência
Antes de começar uma reserva de emergência, é necessário um planejamento financeiro. Com ele, será possível analisar detalhadamente todos os seus custos mensais e compreender se os gastos estão em equilíbrio com os ganhos.
Após organizar suas despesas e cortar os custos desnecessários, deve-se definir uma meta de valor para poupar mensalmente. Estipule um valor realista para poupar no mês e mantenha constância.
O dinheiro da reserva deve ser utilizado para emergências, como: custos médicos, consertos imediatos no carro ou casa e manutenção de eletrodomésticos essenciais. Isso significa que você não deve utilizar o seu fundo emergencial em gastos supérfluos, como festas, roupas e passeios.
Quanto poupar
O recomendável é que a reserva de emergência tenha um valor que cubra as despesas essenciais por um período de no mínimo 6 meses. Vamos supor que, após organizar as finanças, chegou a conclusão de que gasta em média R$ 5 mil por mês em contas básicas, como alimentação, supermercado e aluguel. Ao multiplicar esse valor por 6, temos R$30 mil. Esse deve ser o valor disponível em seu fundo emergencial.
Cada pessoa determina o que é essencial, de acordo com a sua realidade. No entanto, é válido ressaltar que quanto maior o valor na reserva de emergência, melhor será a preparação para eventualidades.
A profissão também influencia no valor que deve ser poupado. Cargos que oferecem estabilidade financeira, como funcionários públicos, podem fazer uma reserva de emergência para as despesas de 3 ou 4 meses. Já os profissionais autônomos ou que não possuem benefícios empregatícios, como aviso prévio, 13º e FGTS, devem construir uma reserva para 9 meses.
Como calcular o fundo de emergência
Para estimar o valor mensal que você deve guardar, é necessário conhecer seus gastos. As despesas fixas, que apresentam um mesmo valor todos os meses, devem ser somadas às despesas variáveis.
Para as variáveis, recomendamos realizar uma média. Vamos imaginar que anualmente você gasta R$ 3 mil em combustível, ao dividir esse valor por 12, temos uma média de R$ 250 ao mês.
Após realizar a soma, terá o valor do seu gasto mensal. Multiplique o resultado de acordo com os critérios do tópico acima e terá como resposta a quantia necessária que sua reserva de emergência deve conter. A partir daí, poderá estabelecer uma meta mensal de quanto deverá poupar até atingir o valor estipulado.
Investimentos para a reserva de emergência
Melhor do que apenas guardar o dinheiro é fazer com que ele aumente naturalmente ao longo do tempo, ou seja, fazer ele render. Para que isso aconteça, é necessário investir.
Separamos uma lista com as melhores opções de investimento para quem deseja construir uma reserva de emergência. Existem outras alternativas, mas é importante escolher investimentos que apresentam segurança, baixa volatilidade e liquidez, já que o dinheiro precisa estar disponível para saque, caso precise.
01.Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título público de renda fixa emitido pelo Governo Federal. Por esse motivo, ele é considerado um investimento seguro. De forma simplificada, você estará emprestando dinheiro para o poder público financiar projetos relacionados à saúde, educação e infraestrutura e em troca recebe uma taxa de rentabilidade equivalente à Taxa Selic anual.
Além de segurança, a liquidação do Tesouro Direto é D+1, isso significa que é possível realizar saques diariamente e que o valor estará disponível na sua conta no dia seguinte. Outra vantagem desse investimento é a liquidez diária, ou seja, todos os dias o valor aumentará um pouco, não apenas em um dia específico como em outras aplicações.
Para complementar, apresenta baixa volatilidade. Então, se desejar vendê-lo, conseguirá um valor parecido com o que comprou.
No entanto, é importante lembrar que o Tesouro Direto é um investimento para quem deseja proteger o patrimônio e ter acesso ao dinheiro facilmente. Se o objetivo é alta rentabilidade, sugerimos procurar outras opções.
02. CDB com liquidez diária
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é uma aplicação de renda fixa que apresenta rendimentos diários, o que possibilita o resgate do dinheiro em qualquer data.
Os CDBs são os títulos emitidos pelos bancos para o financiamento das suas atividades. Então, quando você opta por esse investimento, está emprestando dinheiro para as instituições financeiras exercerem suas atividades.
Assim como o Tesouro Selic, o Certificado de Depósito Bancário é uma boa opção para a reserva de emergência, pois possibilita o saque do dinheiro a qualquer momento. Além disso, é um dos investimentos mais seguros devido à proteção do Fundo Garantidor de Créditos(FGC), que garante o ressarcimento de até R$250 mil por pessoa.
03. Fundos de Renda Fixa Referenciados DI
Outra opção de investimento são os Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, que consistem em carteiras que investem pelo menos 80% do patrimônio em títulos de renda fixa, como exemplo o Tesouro Direto.
Os Fundos apresentam uma taxa de liquidez de D+0 ou D+1, possibilitando que você tenha o dinheiro de volta no mesmo dia ou em até um dia útil. Outra vantagem desse investimento é que ele conta com um gestor profissional para realizar as alocações do seu dinheiro e acompanhar o resultado dos investimentos.
Entretanto, essa aplicação não possui a segurança do FGC. Por esse motivo, é importante analisar previamente o histórico do emissor que será responsável pela alocação.
Com essas dicas, esperamos que você comece a criar a sua reserva de emergência para garantir tranquilidade em momentos de instabilidade financeira.