Possui dívidas mas não sabe se paga o mínimo da fatura ou se faz o parcelamento? Ambas possuem vantagens e desvantagens! Descubra qual a melhor opção para você!
O cenário econômico brasileiro piorou consideravelmente com a pandemia da Covid-19. Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), 67,1% das famílias estão endividadas, isso corresponde a 10,8 milhões de pessoas com dívidas abertas.
Muitas dessas dívidas são originadas pelo uso desenfreado do cartão de crédito. Nessas situações, são oferecidas diversas possibilidades para facilitar o pagamento das faturas, as mais comuns são parcelar ou pagar o valor mínimo.
Desenvolvemos esse texto para te auxiliar a escolher a melhor opção! Nele, você irá compreender quais são as vantagens e desvantagens dessas modalidades e o que você pode fazer para evitar dívidas no cartão de crédito.
Pagamento mínimo da fatura
Como o próprio nome sugere, o pagamento mínimo corresponde a porcentagem mínima da fatura do cartão que você deverá pagar naquele mês. Caso não realize o pagamento, o cartão de crédito poderá ser bloqueado e o nome do titular enviado para os serviços de proteção ao crédito, como SCPC, SPC e Serasa.
Após o pagamento mínimo, a quantia restante será financiada pelo crédito rotativo, em que serão cobrados juros sobre o valor pendente da fatura. Em outras palavras, no mês seguinte você estará pagando com juros o valor que não conseguiu quitar anteriormente.
Parcelamento da fatura
Caso não possua a quantia necessária para o pagamento mínimo, é possível optar pelo parcelamento da fatura. Essa modalidade consiste basicamente em informar a instituição financeira que não conseguirá quitar o saldo restante da fatura, então irá pagar pequenas parcelas ao longo dos próximos meses.
O parcelamento da fatura também possui juros. Porém, quando comparado com os juros rotativos, essa taxa é bem menor.
Pagar o Mínimo vs. Parcelar a Fatura
Está em dúvida sobre qual forma de pagamento escolher? Não se preocupe, iremos explicar os pontos positivos e negativos de cada modalidade, assim conseguirá analisar qual a melhor opção para você.
Pagar o mínimo
A principal desvantagem do pagamento mínimo são as altas taxas de juros do crédito rotativo. Normalmente, a fatura seguinte apresenta um valor próximo ao anterior, o que pode causar a sensação de não estar avançando em relação ao pagamento do débito pendente.
Vamos supor que valor da fatura do cartão de crédito é R$ 3.000 e o valor mínimo que deve ser pago mensalmente é de R$ 450, que equivale a 15% do valor da fatura (a porcentagem varia conforme a instituição financeira).
No primeiro mês você realizou o pagamento e sua dívida ficou em R$ 2.550. Porém, no mês seguinte será somado a esse valor os juros do cartão de crédito (em média 11,32%), o IOF mensal (0,38%) e o IOF diário (0,0082%). Com isso, sua fatura que seria de R$2.550, passa a valer R$ 2.853,96.
Portanto, o pagamento mínimo é recomendado para aqueles que desejam ganhar tempo e que conseguirão quitar a fatura completa no mês seguinte. Caso contrário, poderá ficar seriamente endividado.
Parcelamento
Normalmente, a taxa de juros para o parcelamento da fatura é inferior a do crédito rotativo. Em média, temos uma porcentagem de 7% de juros sobre cada parcela, porém ela também varia de acordo a instituição financeira.
Portanto, essa opção é indicada para aqueles que não dispõem da quantia necessária para pagar o valor integral da fatura no mês seguinte. Além disso, é possível planejar-se financeiramente, uma vez que terá consciência do valor mensal que irá desembolsar até quitar a dívida.
Como não se endividar com o cartão de crédito
Apesar de existirem diversas alternativas para realizar o pagamento das nossas dívidas, a melhor opção é justamente não criá-las, pagando sempre que possível o valor cheio da fatura do cartão de crédito.
Essa pode ser uma tarefa difícil, mas é não impossível. Já ensinamos diversos conceitos sobre educação financeira que podem te ajudar – e muito – a se livrar das dívidas através de um planejamento financeiro pessoal.
Outros pontos que devem ser levados em consideração para evitar endividamentos no cartão de crédito, são:
- Compreender sua situação financeira
Para não criar dívidas é fundamental ter controle sobre sua vida financeira. Para isso, é necessário compreender quais são seus gastos e se eles estão em equilíbrio com o quantia que você ganha mensalmente. Uma boa alternativa é anotá-los em uma planilha, assim conseguirá controlar a entrada e saída de dinheiro. Caso não saiba como montar uma planilha financeira, clique aqui.
- Evite parcelar contas
Como vimos anteriormente, as altas taxas de juros podem fazer com que as dívidas fiquem cada vez maiores. Portanto, sempre que possível opte pelo pagamento à vista ou parcele o mínimo possível.
Antes de realizar a compra, planeje-se financeiramente e analise se o valor estará dentro do seu orçamento. É preferível demorar mais tempo para comprar um item, do que gerar várias parcelas. - Não tenha muitos cartões
Possuir vários cartões é a receita perfeita para se endividar, principalmente se todos tiverem um valor de limite muito alto. O ideal é que a soma dos limites não ultrapasse sua renda mensal.
Recomendamos ter no máximo dois cartões de crédito. Um para utilizar no dia a dia e outro para situações de emergência, como perda ou roubo.
Com esse texto esperamos que você tenha compreendido a diferença entre pagar o mínimo ou parcelar a fatura e consiga escolher a modalidade mais adequada para você.
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