Você está sempre preocupado com questões financeiras e não consegue se dedicar ao trabalho? Separamos 04 dicas para melhorar sua vida financeira de vez. Confira!
Problemas financeiros impactam diretamente diversas áreas do nossa vida, afinal é uma questão que constantemente nos permeia. Tais efeitos colaterais se estendem para o desempenho no trabalho.
Segundo uma pesquisa realizada pela PwC em 2019, 59% dos entrevistados afirmaram que questões financeiras são o principal motivo de estresse e 35% sentem que problemas com dinheiro atrapalham o desempenho durante o trabalho. Além disso, 49% dizem gastar até 3 horas por semana para resolver problemas relacionados às despesas pessoais durante o horário de trabalho.
Diante desse cenário, algumas empresas estão disponibilizando programas de educação financeira para seus colaboradores, os ensinando a administrar seus ganhos e gastos de maneira responsável. Garantindo benefícios tanto para a organização, que garante uma maior produtividade, quanto para os trabalhadores que aprendem a administrar o dinheiro.
Entretanto, essa não é uma prática presente em boa parte das instituições brasileiras. Pensando nisso, separamos 04 dicas básicas e fundamentais sobre gestão financeira pessoal. Assim, você não se estressa com problemas financeiros e consegue aumentar a produtividade no trabalho.
- Conheça suas finanças pessoais e as anote
Para realizar uma boa administração financeira, é importante que ela faça parte da sua rotina e, consequentemente, torne-se um hábito.
O primeiro passo é anotar sua renda mensal fixa, ou seja, aquela que você recebe todo mês. Caso tenha recebido dinheiro extra que não irá se repetir fixamente, ele não deve ser considerado como parte da renda.
Após conhecer sua renda, é momento de registrar todas as despesas, sejam elas fixas ou variáveis, assim obterá uma média de qual é o seu custo de vida. Para entender quais contas se encaixam em cada categoria, clique aqui e confira como economizar em tempos de crise.
Em seguida, identifique os custos extras e os anote. Nessa etapa deve-se considerar tanto as despesas grandes, como passeios, jantares e festas, quanto pequenos gastos diários, como lanches, cafés e transporte. Inicialmente, esse valor pode parecer muito baixo, mas ao longo do mês impactam diretamente na renda.
Ao realizar as anotações, é possível reconhecer onde está gastando o dinheiro e analisar as possíveis formas de economizar. Para isso, pode-se utilizar planilhas online, aplicativos ou até mesmo uma folha de caderno.
- Defina metas
As metas funcionam como um grande incentivador para o controle das finanças pessoais. Comece estabelecendo as metas de gastos para cada categoria de conta, priorizando as despesas fixas essenciais, como aluguel, condomínio e mensalidade escolar. Em seguida, as despesas variáveis essenciais, como luz, água e supermercado, e por fim as despesas supérfluas.
Caso tenha um grande objetivo financeiro, como a compra de um imóvel, uma viagem ou iniciar uma previdência privada, faça os cálculos de quanto precisará economizar por mês para alcançar essa meta em determinado período de tempo.
Uma boa solução é, ao receber o salário, separar a quantia necessária e guardá-la em um local separado da que você utiliza para custear os gastos mensais. Dessa forma, o dinheiro passa a integrar um planejamento financeiro.
- Regra 50-15-35
Existem algumas técnicas que podem auxiliá-lo na organização financeira. Uma delas é a regra dos 50-15-35, que consiste basicamente em dividir suas despesas em três categorias e direcionar uma porcentagem do seu orçamento para cada uma delas.
A regra funciona da seguinte forma: 50% da renda deve ser utilizada para gastos essenciais, 15% para prioridades financeiras e 35% para despesas relacionadas ao estilo de vida.
Como dito anteriormente, os gastos essenciais englobam alimentação, moradia, saúde, educação e outros gastos que você necessita para sustentar-se no dia a dia. Porém, esses itens básicos não devem superar 50% do seu orçamento.
Após separar metade da sua renda para arcar com os despesas essenciais, é preciso reservar 15% para prioridades financeiras, que correspondem aos recursos financeiros que irão garantir um padrão de vida adequado no futuro. Portanto, a utilize para a construção de patrimônio, criar um fundo de emergência, contratar um plano de previdência privada ou simplesmente guardá-la em uma poupança.
Entretanto, é válido ressaltar que aqueles que possuem dívidas, devem canalizar essa parcela para o pagamento dessa pendências financeiras.
De acordo com a regra, 35% do orçamento deve ser destinado às despesas relacionadas ao estilo de vida. Elas correspondem aos gastos com atividades de lazer e hobbies, como viagens, academia, restaurantes e cuidados pessoais.
Para que alcance a organização financeira, é importante lembrar-se que as despesas essenciais são mais importantes do que os gastos de estilo de vida. Além disso, se deseja economizar, eles devem ser a primeira opção para o corte de gastos.
- Crie uma reserva financeira
Ter uma reserva de emergência é essencial para assegurar que imprevistos, como doenças inesperadas, perda do emprego ou reposição de bens materiais, atrapalhem sua rotina financeira. Além disso, diminui as chances de você se desesperar e recorrer ao crédito caro.
Recomenda-se que reserva de emergência consiga cobrir os gastos por um período de pelo menos três meses. Ou seja, se a soma das despesas fixas equivalem à R$ 3.000, é necessário um fundo emergencial de R$ 9.000.
Admitimos que é uma missão difícil, porém com a organização das finanças, torna-se uma tarefa simples. Como dissemos ao longo do texto, é fundamental identificar suas despesas fixas, variáveis e supérfluas e compará-las com os recursos financeiros que você dispõe, sempre avaliando a melhor forma de realizar o corte de custos.
Outra opção para aqueles que desejam alcançar esse valor de forma mais rápida ou fazer com que as economias rendem, é investir o dinheiro. Porém, é preciso optar por investimentos que possibilitem que a quantia monetária seja resgatada em casos de emergências.
Portanto, dê preferência para aqueles que oferecem segurança, liquidez e baixa volatilidade. As melhores opções são: Tesouro Direto Selic, Fundos de Investimento com prazo de resgate curtos e CDB com liquidez diária que proporcionem um rendimento acima de 100% do CDI.
As dicas apresentadas ao longo do texto são a base para uma boa gestão das finanças pessoais. Porém, garantimos que com elas já é possível realizar uma grande transformação na sua vida financeira e aumentar sua produtividade no trabalho.
Ainda está em dúvida sobre como economizar? Acesse o nosso texto Educação Financeira: como economizar em tempo de crise.